Quando se fala de sustentabilidade a ferramenta mais poderosa que me me ocorre que temos diariamente nas nossas mãos são o garfo e a faca.
Mudarmos de forma colectiva os nossos hábitos para uma alimentação baseada em plantas é hoje incontornável se queremos falar de facto em sustentabilidade e saúde.
Não estou a falar em regime de exclusividade, nem é o propósito desta publicação defender nenhum regime alimentar em exclusivo, até porque como sabem cá em casa não excluímos produtos de origem animal.
Ainda assim tenho sempre presente 2 factores nas escolhas alimentares que faço diariamente:
- As refeições que escolho e planeio para a minha família são momentos poderosos de mudança para um mundo melhor e mais sustentável.
- “Food is the code that programs your biology. You can literally upgrade or downgrade your biological software with every single bite.” – Dr. Mark Hyman
Ora depois destes pressupostos vêm as minhas filhas… com aquelas perguntas simples e inocentes que me fazem pensar em todos os detalhes das respostas que lhes dou.
A Maria Inês aprendeu na escola uma série de coisas que “fazem mal ao planeta Terra”. Desde então leva muito a sério todas as práticas que podem tornar este mundo melhor. Isso inclui prescindir de sua iniciativa própria beber o sumo com palhinhas de plástico quando vamos a um café, assim como trazer lixo da praia!
Parece um gesto simples de uma criança, mas muito poderoso, pois é imitado logo ali no momento pela Francisca (ainda sem perceber bem porquê, mas imita).
Cá em casa este tipo de comportamentos ecológicos, sustentáveis e no final de contas… cívicos, sempre foram uma preocupação. É certo que cada vez os comportamentos são melhores, mais conscientes, consistentes e eficazes.
Estou sempre a aprender e de facto o #desperdíciozero é uma aprendizagem contínua.
De uma forma muito fluída, a decisão de recusar uma palhinha hoje pode induzir um conjunto de acções amanhã. Isto porque o nosso conhecimento aumenta e poupar uma palhinha só não chega. É preciso recusar, reduzir, reutilizar, reciclar e decompor (este último ainda está em falta, mas lá chegaremos).
Com estes princípios em mente as minhas escolhas do dia-a-dia são cada vez melhores para todos individualmente, para a saúde e orçamento familiar e também para o planeta… preocupação base da Maria Inês!
Deixo-vos os algumas das minhas escolhas e mudanças sustentáveis que temos feito cá em casa nos últimos tempos. Pequenos passos com enorme significado.
- Pasta de dentes natural e orgânica – Certificação Vegan e PETA Cruelty-Free, Ótima solução Desperdício-Zero: Embalagem de vidro, reciclável e reutilizável, Invólucro biodegradável de polpa de madeira, Espátula doseadora de bambu.
- Escova de dentes em bambu – A pega é feita de moso-bambu, enquanto que as cerdas são à base de plantas e com matérias-primas renováveis: óleo de rícino, sem BPA e sem petróleo. O óleo de rícino é um produto natural derivado das sementes da árvore milagrosa (Ricinus communis). O cabo da escova é biodegradável, livre de plástico e é composto 100% de bamboo, a planta com o mais rápido crescimento na terra e naturalmente antibacteriana. As tintas usadas são naturais e ecológicas.
- Discos desmaquilhantes – em tecido lavável e reutilizáveis.
- Detergente para a loiça – produzido com óleo essencial de laranjas cultivadas organicamente. Biodegradável, não faz mal ao ambiente, nem à pele. Sem ingredientes de origem animal, não testado em animais, sem SLS, EDTA, fosfatos, abrilhantadores, parabenos, fósforo, corantes.
- Detergente para a roupa – de origem vegetal e matérias-primas provenientes da agricultura biológica. É biodegradável, sem ingredientes de origem animal, não testado em animais, sem SLS, EDTA, fosfatos, abrilhantadores, parabenos, fósforo, corantes.
- Não uso de toalhitas descartáveis com as bebés. Tenho toalhitas de pano laváveis e reutilizáveis.
- Por último, e voltando ao início, a proveniência das minhas escolhas alimentares interessa-me muito, pela minha saúde, da minha família e do planeta! Por isso prefiro origem biológica sempre.
Com todas estas escolhas não deixo de ter que gerir o orçamento da minha família, pelo que esta preocupação de sustentabilidade não se traduz na escolha de produtos mais caros.
Embora não se deva esquecer que vai sempre haver mais barato… resta saber a que custo para todos.
Mafalda
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